segunda-feira, 4 de junho de 2012

Bruno Senna minimiza pressão: 'Sei que não preciso vencer neste ano'

Brasileiro diz que companheiro Pastor Maldonado já se entende melhor com os pneus e reclama da falta de treinos para extrair todo o potencial do carro.

Por Alexander Grünwald

Mesmo após marcar pontos em três das seis etapas já disputadas na temporada 2012 da Fórmula 1, Bruno Senna vive um momento de comparações com seu companheiro, Pastor Maldonado. Até então tido como um piloto estabanado, o venezuelano ganhou moral por causa da vitória no GP da Espanha, quinta etapa. Mesmo assim, o brasileiro se mantém tranquilo. Consciente de que não tem à sua disposição o mesmo tempo de pista do outro piloto da Williams, ele diz que Maldonado já se entende melhor com os compostos de pneus adotados a partir deste ano e afirma que não sofre qualquer tipo de pressão interna.

- Sei que não preciso vencer neste ano. Eu tenho que ter consistência, marcar pontos várias vezes, e há corridas com muito potencial. Para vencer uma corrida na F-1 tem que dar tudo certo: o carro tem que estar rápido, tem que largar na posição certa, usar os pneus certos e a estratégia tem que dar certo também. Estas variáveis todas são difíceis de se colocar juntas, e todo mundo sabe disso na equipe. Estão me dando a chance de aprender neste ano para que, no ano que vem, a gente possa esperar que eu esteja na posição de vencer uma corrida – analisa Bruno.

O diretor de operações do time, Mark Gillan, afirmou nesta semana que pretende trabalhar mais sobre o ponto fraco do brasileiro, que é extrair todo o potencial do carro com pneus novos. Bruno admite que a falta do primeiro treino livre de sexta-feira – quando seu carro é ocupado pelo terceiro piloto da equipe, o jovem finlandês Valtteri Bottas – influencia no seu desempenho, retardando seu aprendizado. Segundo ele, defasagem de conhecimento causada pela ausência de quilometragem varia de prova a prova, mas foi ainda mais decisiva em Barcelona. Justamente a corrida onde a Williams, com Maldonado, venceu uma prova após oito anos de jejum.

- O Pastor aprendeu muito bem a sentir o estado dos pneus dele. Com certeza um dos grandes segredos destes compostos é trazê-los para a volta da classificação na condição correta e, por enquanto, não acertei isso 100%, ainda. Isso é decepcionante, porque você chega na hora da classificação pronto para fazer uma boa volta e aquece mal os pneus. Isso tudo é experiência, não tem como pular essas coisas – reflete o piloto, que teve como melhor resultado neste ano um sexto lugar no GP da Malásia, segunda prova da temporada.

Rivais mais fortes

Disputando um campeonato que já teve seis vencedores diferentes em seis corridas, Bruno Senna prefere não arriscar um palpite sobre um favorito ao título. Mas alerta que há uma equipe que ainda não venceu que tem bastante potencial para subir ao alto do pódio.

- Um favorito está difícil de apontar. Sabemos que os pilotos que são acostumados a ganhar campeonatos são o Fernando Alonso e o Sebastian Vettel. Em minha opinião, o carro mais rápido da pista é a Lotus, mas eles não estão acertando sempre a janela de velocidade. O carro deles é um pouco inconsistente, e isso traz uma certa dificuldade, mas na hora em que acertarem o potencial do carro, vão estar bem mais fortes – aposta o brasileiro, que foi piloto do time de Kimi Raikkonen e Romain Grosjean na segunda metade do ano passado.

Fonte: GE

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