Senna lastima “estratégia arruinada” por acidente e revela que “foi para o tudo ou nada” com pneus gastos

Ao lado de Frédéric Makowiecki e Rob Bell, Bruno Senna levou o Aston Martin Vantage V8 #98 à segunda colocação. Agora o foco do brasileiro está no seu retorno às 24 Horas de Le Mans para ajudar a marca a conquistar uma vitória no ano do seu centenário

Em sua segunda corrida na temporada 2013 do Mundial de Endurance, Bruno Senna conquistou outro resultado bastante significativo. Nas 6 Horas de Spa, o brasileiro dividiu a condução do Aston Martin Vantage V8 com Frédéric Makowiecki e Rob Bell e, depois de ter largado na pole, viu seu conjunto terminar na segunda colocação na classe GTE Pro. A vitória ficou com o duo da AF Corse, com Gianmaria Bruni e Giancarlo Fisichella conduzindo a Ferrari F458.

A diferença entre a Ferrari e a Aston Martin na luta pela vitória na GTE Pro foi bastante apertada: 9s090 em favor do duo italiano. Senna se mostrou satisfeito, mas entende que poderia ter tido melhor sorte na corrida. Na volta 25, Antonio Pizzonia sofreu um acidente e bateu na saída da temida Eau Rouge. Para remover os destroços do Oreca Nissan do ‘Jungle Boy’, a direção de prova acionou o safety-car. E foi aí o grande problema de Senna e da Aston Martin.

 

Bruni havia acabado de deixar os boxes e deu sorte porque, minutos depois, a bandeira amarela foi acionada. Assim, o italiano conseguiu recuperar o tempo perdido na parada. “Aquela batida arruinou nossa estratégia. Perdemos 50s e, a partir daí, tivemos de correr para recuperar o prejuízo”, lamentou Senna. 

Daí em diante, o trio da Aston Martin forçou o ritmo e tentou de tudo para buscar a Ferrari em Spa, e os pneus acabaram ficando mais desgastados. No fim, Senna revelou que chegou a correr risco e foi alertado pela Aston Martin, mas preferiu assumir o risco e não fazer um último pit-stop para tentar uma última cartada e sair de Spa com um resultado ainda melhor. 

“Eu e o Makowiecki não trocamos pneus e conseguimos salvar 25s cada um, em tese, mas na parte final do turno, a performance evidentemente não era a mesma por causa do desgaste. A equipe me consultou se eu topava não trocar os pneus porque corríamos o risco deles dechaparem, mas fui para o tudo ou nada e deu certo”, comemorou.

Agora Bruno, a Aston Martin e todas as equipes e pilotos do WEC voltam suas atenções para Le Mans, em junho. “Essa é a prova mais importante do calendário e a vitória faz parte dos planos da Aston Martin no ano em que celebra seu centenário”, concluiu.

 

 

Fonte: Grande Prêmio