A batata está assando. Ou melhor, as batatas estão
assando na Fórmula 1. Duas já estão quentes nas equipes Williams e
Ferrari - envolvendo os dois pilotos brasileiros. Na Ferrari, além de
cobranças explícitas, antes mesmo da temporada começar, agora se veem
notas no site oficial da equipe pedindo que Felipe Massa ajude de forma
mais clara Fernando Alonso na busca pelo título. Sim, isto já está
sacramentado e ele sabe: Massa é o segundo piloto do time, de fato.
Na equipe existe uma corrente querendo que o brasileiro seja
substituído já. Outra, mais tradicional, prefere esperar a temporada
passar. A primeira acredita que Felipe perdeu a auto-confiança e os
resultados ruins só estão servido para piorar ainda mais a situação.
No GP da Espanha, Adrian Suttil esteve pela primeira vez no paddock
nesta temporada e teve conversas com a Force India. Especulações
insistentes sugerem que ele voltaria, levando patrocínios, com os quais
sempre contou, e Paul di Resta desembarcaria na Ferrari, fazendo testes
até o fim do ano. Na prática, as negociações já começaram.
Desmentidos foram emitidos por parte da Ferrari, mas não com muita
convicção. Estas negociações estão rolando nos bastidores e só vão
parar se Massa conseguir resultados bem próximos aos do Alonso. Alguns
sites na Inglaterra e Itália dizem que Mônaco pode ser a prova decisiva
para o piloto brasileiro.
Na Williams, Valtteri Bottas, piloto finlandês empresariado por Toto
Wolff (um dos sócios da equipe), já tinha comprado 15 treinos nas
sextas de corrida. Na primeira sessão ele acelera e Bruno Senna
assiste. O jovem colocou dois patrocinadores na escuderia, que vive
basicamente do dinheiro trazido pelos pilotos. Pastor Maldonado é o que
tem a mala mais cheia e, agora, também conseguiu resultados - algo que
nem os mais otimistas acreditavam. O patamar do venezuelano mudou.
Bottas era uma aposta certa para 2013. Com a vitória do Maldonado
existe uma pressão para que ele entre já, já que tem andado muito bem
nos treinos de sexta-feira. Bruno ainda se segura pelo dinheiro que
aporta ao time. O que complica a vida do brasileiro é o envolvimento
maior de Wolff com a Williams. Ele não é apenas empresário do piloto.
Hoje o finlandês corre atrás de mais dinheiro. Se conseguir, Bruno
pode ter o seu contrato encerrado e levar uma banana do time. Lembro
que foi-se o tempo em a "palavra" do Frank Williams valia. Hoje a voz
dele anda bem fraquinha. Na saída de Barrichello, ele só avisou ao
piloto depois de ter assinado com Bruno. A postura não foi a mais
correta.
Na Fórmula 1, principalmente nos dias de hoje, o que menos importa é
a postura. Na Williams, dinheiro e resultado são as prioridades - nesta
ordem. Senna tem o primeiro e precisa do segundo. Ou, então, torcer
para que Bottas não traga uma mala mais recheada de grana.
O panorama para os pilotos brasileiros é cada vez pior. Desde 1970
não víamos uma situação destas e 2012 pode terminar sem nenhum piloto
do país no grid.
Fonte: Yahoo
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