terça-feira, 10 de junho de 2014

Com equalização desfavorável, Senna diz que Aston Martin vai precisar “trabalhar bastante” para andar bem em Le Mans

A Aston Martin deixou a vitória escapar em um acidente na edição de 2013 das 24 Horas de Le Mans, quando tinha o melhor carro. Neste ano, a marca inglesa precisará remar contra a maré para acompanhar o ritmo de Porsche e Ferrari, afirmou o piloto Bruno Senna

Dessa vez, a Aston Martin não chega a Le Mans como favorita à vitória na tradicional corrida de 24 horas. A principal razão disso é a equalização promovida pela FIA e pelo Automóvel Clube do Oeste, que segundo o brasileiro Bruno Senna, devem tornar bem mais difícil a missão de acompanhar as rivais Porsche, Ferrari e Chevrolet na classe GTE Pro.

Em 2013, no ano do centenário da marca inglesa, o ritmo dos Vantage V8 era muito bom, mas um acidente sofrido pelo francês Fred Makowiecki jogou fora as chances de vitória. Neste ano, será preciso trabalhar com as demais variáveis que envolvem a maior corrida de endurance para tentar garantir um lugar no pódio. Acertar bem o carro #97, que dividirá com Stefan Mücke e Darren Turner, será essencial.

A programação de pista tem início nesta quarta-feira com um treino livre. Depois disso, três sessões classificatórias serão realizadas — uma na quarta e outras duas na quinta.

“Temos que trabalhar bastante no acerto nesses ensaios, porque nos testes da semana passada éramos um segundo mais lentos em nossos melhores setores. O Balance of Performance não foi nada favorável para nós neste ano”, comentou.

“Em Spa, com a redução da capacidade do nosso tanque em cinco litros, tivemos de fazer uma parada extra para reabastecimento que roubou nossas chances de pódio. Aqui, recuperamos esses litros, mas todas as outras também ganharam a mesma quantidade. Temos condições de fazer 14 voltas com iim tanque, mas a Ferrari, por exemplo, pode rodar 14 ou 16. Em tese, portanto, devemos parar mais vezes”, analisou.

Mas, antes de fazer uma avaliação mais profunda da força das concorrentes, Senna quer esperar as tomadas de tempos, “mas a Porsche sempre aparece bem em Le Mans, parece que eles escondem o jogo nas provas anteriores e deixam para apresentar as armas aqui”.

“De qualquer forma, Le Mans não é apenas uma questão de velocidade, onde não estamos tão bem. É também sobre estratégia, consumo de combustível e pneus, saber andar no trânsito entre carros de categorias diferentes, enfim, há uma série de variáveis que influenciam no resultado final”, completou.

Além de Senna, a Aston Martin também conta com outro brasileiro, Fernando Rees, que dividirá o carro #99 com Alex MacDowall

A largada para a 82ª edição das 24 Horas de Le Mans será dada às 10h (de Brasília) deste sábado. 

Fonte: Grande Prêmio 

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