terça-feira, 25 de junho de 2013

“Ele estava feliz”

Bruno Senna não escondeu a consternação com a morte trágica de Allan Simonsen, seu companheiro de equipe na Aston Martin, no último sábado (22) em Le Mans. O brasileiro abandonou a disputa depois que seu companheiro de equipe, Fred Makowiecki, bateu o Vantage V8 no guard-rail na 19ª hora da corrida

 
A trágica morte de Allan Simonsen, fruto de um grave acidente nos primeiros minutos da 81ª edição das 24 Horas de Le Mans, no último sábado (22), acabou com o clima de festa que é característico de uma das principais corridas do automobilismo mundial. O clima de consternação que tomou conta de Sarthe foi particularmente ainda mais cruel para a Aston Martin, sua equipe em Le Mans. A montadora comemorava seu centenário e buscava uma vitória para coroar a histórica marca, mas a tragédia com Simonsen deixou até mesmo a competição em segundo plano.

Bruno Senna foi um dos companheiros de equipe de Simonsen em Le Mans. O brasileiro, que voltou a disputar a corrida neste ano, falou sobre o sentimento ao tomar conhecimento da morte do piloto dinamarquês. Senna, que abandonou a corrida em Sarthe após o parceiro Fred Makowiecki bater forte o Aston Martin Vantage V8 no guard-rail na 19ª hora, quando liderava a corrida na classe GTE Pro, lamentou o abandono, mas, muito além disso, evidenciou sua perplexidade pela perda repentina de Simonsen.

“Vimos a pancada pela câmera on-board de um carro de trás. Ele bateu muito forte, lateralmente, do seu lado. Aquela curva é feita em quarta marcha. Foi triste demais”, contou Bruno, que se lembrou dos momentos vividos ao lado de Allan um dia antes da largada em Le Mans.

“Ainda na véspera, fomos juntos para o desfile dos pilotos no centrinho da cidade e brincamos de roubar a chave das scooters dos outros. Ele me disse que tinha uma filhinha de 18 meses e estava feliz. Foi impossível passar pelo local do acidente em todas as voltas e não lembrar dele”, acrescentou o brasileiro, bastante entristecido.

Sobre o acidente de Makowiecki, Senna descreveu sua impressão a respeito da batida. “Ele pegou uma parte do asfalto úmido com pneus de seco e perdeu o controle. O carro moeu”, explicou o piloto, que destacou o ritmo do Vantage V8 enquanto esteve na prova.
“Nosso carro estava muito rápido e não apresentou qualquer problema. Estávamos parando apenas para mudar os pilotos, trocar os pneus e reabastecer. Eu estava com um ritmo bastante bom, virando sempre na casa dos 3min55”, finalizou Senna.
 
Fonte: Grande Prêmio

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