Piloto conta que falou com os familiares antes de seguir na prova em que um de seus colegas morreu
Bruno Senna viu um dos companheiros de equipe, Allan Simonsen morrer em acidente
Acostumado a acelerar nas principais
pistas do mundo, Bruno Senna teve um fim de semana diferente. Ele
disputou a corrida mais “difícil da vida”, segundo palavras dele mesmo.
Além de superar os problemas de encarar as exaustivas 24 Horas de Le
Mans, viu o companheiro de equipe Allan Simonsen morrer em um acidente.
Mesmo assim, continuou a prova, na tentativa de ganhar e homenagear o
colega. Não antes de ter conversas pelo telefone com familiares,
preocupados com a segurança na pista.
Mas um novo acidente, com o francês e companheiro Fred Makowiecki,
acabou com o sonho da vitória. A seguir, o brasileiro conta o drama ao
DIÁRIO.
“Vimos a pancada pela câmera ’on board’ de um carro. Ele bateu com muita força, lateralmente, do lado dele. Aquela curva é feita em quarta marcha. Foi triste demais”, relatou Bruno Senna ao DIÁRIO
DIÁRIO_ Você acabou tendo uma prova conturbada em Le Mans. Precisou se superar? Como foi essa experiência?
BRUNO SENNA_ Foi, com certeza, a corrida mais difícil que já fiz na vida, com as condições sempre mudando. A competição estava muito forte, tanto dos Porsches quanto do Aston Martin número 97 (outro adversário). Durante os meus turnos, foquei em perder o menor tempo possível com tráfego e em completar voltas rápidas e consistentes, sem tentar fazer uma volta mais veloz do que o potencial do carro. Isso ajudou com a vida dos pneus, já que o ritmo era muito bom. Tive de ultrapassar tanto o Aston Martin 97 quanto o Porsche na pista, o que foi muito gratificante.
BRUNO SENNA_ Foi, com certeza, a corrida mais difícil que já fiz na vida, com as condições sempre mudando. A competição estava muito forte, tanto dos Porsches quanto do Aston Martin número 97 (outro adversário). Durante os meus turnos, foquei em perder o menor tempo possível com tráfego e em completar voltas rápidas e consistentes, sem tentar fazer uma volta mais veloz do que o potencial do carro. Isso ajudou com a vida dos pneus, já que o ritmo era muito bom. Tive de ultrapassar tanto o Aston Martin 97 quanto o Porsche na pista, o que foi muito gratificante.
Como era o seu relacionamento com o Allan Simonsen? Quais as principais lembranças que você tem dele?Eu
conheci o Allan durante a apresentação da equipe, em Londres, no começo
do ano. Desde o início da temporada, me encontrava com ele durante os
fins de semana de corrida. Ele sempre foi muito amigável. Durante a
semana passada, em Le Mans, conversamos algumas vezes sobre coisas de
fora do automobilismo e sobre a família dele. É muito triste vê-lo
deixar uma filha de 18 meses e a mulher. Desejo muita força para toda a
família.
Em que você pensou para continuar na prova depois de saber da morte do Simonsen?Pensei
em vencer a corrida para fazer uma homenagem ao Allan. Foi a primeira
vez que um conhecido meu morreu na mesma corrida da qual eu estava
participando. Não é fácil para a cabeça, não.
De alguma maneira, você se lembrou do seu tio Ayrton Senna por causa dessa tragédia com o Simonsen?Não,
mas tive de conversar um pouco com a família para acalmá-la. Não queria
que a minha mãe e as minhas irmãs se preocupassem comigo.
Como está a expectativa para correr no Brasil este ano?Como
vimos nas primeiras corridas do campeonato e durante as 24 Horas de Le
Mans, o nosso carro está muito competitivo. Acredito ter boas chances de
pódio ou até de vitória em São Paulo. Estou ansioso para a próxima
corrida e para deixar Le Mans para trás.
A experiência até aqui no Mundial de Endurance superou as
suas expectativas? Está mais satisfeito e bem adaptado do que esperava?
Com certeza. Liderar o campeonato desde o começo não era algo que eu tinha planejado, mas fico contente em estar me adaptando rapidamente à competição. A equipe e os meus companheiros são muito fortes e têm me ajudado a me adaptar mais rapidamente. Estou me sentindo cada vez mais à vontade na Aston Martin Racing, com certeza.
Com certeza. Liderar o campeonato desde o começo não era algo que eu tinha planejado, mas fico contente em estar me adaptando rapidamente à competição. A equipe e os meus companheiros são muito fortes e têm me ajudado a me adaptar mais rapidamente. Estou me sentindo cada vez mais à vontade na Aston Martin Racing, com certeza.
Fonte: redebomdia
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