segunda-feira, 30 de julho de 2012

Avaliações do GP da Hungria

O GP da Hungria fechou a primeira parte do campeonato de F1 pré-férias de verão devendo um pouco de emoção levando em conta que as corridas agitadas que tivemos até agora acabaram elevando novamente nosso padrão de exigência para  F1. Foi uma prova muito mais travada, arrastada, com poucas ultrapassagens na pista e a confirmação do bom desempenho que a McLaren vinha desmonstrando durante todo o final de semana.

A Lotus, com dois lugares no pódio, foi um dos destaques. Kimi Raikkonen saiu da quinta colocação para o segundo lugar, e Romain Grosjean largou em segundo e terminou em terceiro. Raikkonen tentou ameaçar a liderança de Lewis Hamilton, mas o ritmo não foi suficiente. Uma das cenas mais interessantes da corrida foi justamente a briga entre os dois na saída do pitstop de Raikonnen, quando o finlandês pressionou Grosjean e acabou tomando o segundo lugar. Vale a pena ficar de olho na Lotus após a pausa de agosto já que a equipe parece ter descoberto alguns segredos sobre sistemas do carro que podem colocá-la de fato, e finalmente, na briga por vitória.

Fora o “top 3″, os demais fizeram uma corrida discreta. O ritmo de Red Bull e Ferrari não chamou tanto a atenção quanto em outras etapas. Houve outro destaque, no entanto: Bruno Senna. Depois de finalmente conseguir passar para a última parte do treino classificatório, Bruno Senna fez uma excelente largada, limpa, e ganhou posições para terminar em sétimo depois de ser o nono no grid. Para Bruno, conta também o fato de seu companheiro de equipe, Pastor Maldonado, ter feito uma corrida fraca. Largou à frente de Bruno, em oitavo, mas terminou em 13º. Considerando que uma das disputas mais importantes é com o colega de time, Bruno se deu melhor nessa.

Largada abortada faz “vítima grave”:

A confusão com as luzes que indicam o momento da largada (as cinco luzes vermelhas se acendem uma a uma e se apagam de uma vez, o que não aconteceu)  fez com que a primeira tentativa fosse abortada em Hungaroring. A “vítima grave” não se machucou, mas sua corrida foi por água abaixo: deliberadamente, Michael Schumacher, que largava em 17º, desligou o motor. Teve que relargar dos boxes e para lá voltou já na primeira volta, com um furo num dos pneus. O alemão da Mercedes abandonou a corrida quando faltavam onze voltas para o final — segundo ele, por causa de altas temperaturas no motor. Seu companheiro de equipe, Nico Rosberg, marcou apenas um ponto ao terminar em décimo.

Hamilton, o tuiteiro:

Talvez inspirado por Fernando Alonso — nunca saberemos –, Lewis Hamilton resolveu se jogar no Twitter. Trocou a foto do perfil para uma colorida (parece que ele está numa balada, mas… nunca saberemos!) e começou a tuitar loucamente. O fenômeno aconteceu na semana que antecedeu o GP da Alemanha, dobradinha com este da Hungria, e se manteve — merecendo, portanto, nosso destaque. Desde então, o piloto da McLaren tem dividido desde a comida do almoço até fotos com outros pilotos da F1 tiradas na pista ou no paddock, aquelas com o “V de vitória” ou um sinal de “joinha”. Segundo Hamilton, a meta é se aproximar dos fãs.
Plácido Domingo entrevista:

Oi? Sim. O cantor de ópera Plácido Domingo foi o convidado da FIA/FOM para fazer a entrevista do pódio neste último final de semana. A F1 mudou o approach no GP da Grã-Bretanha, com sir Jackie Stweart nos microfones. Na Alemanha, foi a vez de Niki Lauda. Na Hungria, Plácido Domingo. Por quê? “Porque ele estava lá”, foi a resposta recebida e relatada pela colega Kate Walker em seu Twitter. A ideia é bacana para as transmissões de televisão, já que agiliza as entrevistas e diminui o tempo de espera de repórteres e âncoras. Entretanto, está meio claro que o planejamento precisa ser revisto… ou feito.

31ª no 31º? Não:

Antes de o final de semana começar, falou-se muito em como seria bacana ver Fernando Alonso conquista sua vitória de número 31 no dia do seu aniversário de número 31, domingo de GP da Hungria. O próprio Fernando, no entanto, já sabia das reais condições da Ferrari e fez questão de abaixar a bola dos mais empolgados. No final, saiu satisfeito com o quinto lugar, já que a posição ajudou-o a aumentar para 20 a diferença de pontos entre ele e Mark Webber no Mundial de Pilotos antes das férias de verão.

Fonte: Tazio
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Bjinhos,
Ana

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