O GP de Mônaco representa a
primeira das duas corridas em casa para Bruno Senna. O piloto da
Williams, que tem residência no Principado, vai correr pela segunda vez
nas ruas de Monte Carlo, a primeira delas com um carro verdadeiramente
competitivo. O brasileiro, de 28 anos, vai guiar o vencedor FW34
animado com a boa fase da equipe de Grove e inspirado na vitória de
Pastor Maldonado, seu companheiro de equipe, no GP da Espanha.
Em entrevista à agência britânica
‘Press Association’, Bruno exaltou o êxito do parceiro venezuelano em
Barcelona e disse que o resultado lhe traz o ânimo necessário para
pensar em uma boa performance, tanto em Mônaco quanto no restante da
temporada.
“É muito encorajador ir para Mônaco com
um carro que acabou de ganhar uma corrida”, disse o sobrinho do
tricampeão mundial de F1, Ayrton Senna. “Estou contente por Pastor. Foi
uma vitória brilhante após o mais difícil dos anos para a equipe no ano
passado, foi ótimo ver as pessoas sorrindo”, disse Bruno, ressaltando o
bom ambiente dentro da equipe.
Entretanto, Senna sabe que 2012 é um ano que a F1 não tem
favoritos. “Mas, como temos visto na F1 neste ano, tivemos cinco
pilotos de cinco equipes diferentes vencendo as cinco primeiras
corridas. Por isso não significa que o carro será vencedor em Mônaco,
mas espero realmente que seja, e que, desta vez, seja o outro”, brincou.
A vitória de Maldonado em Barcelona e o
bom rendimento do FW34 deixaram Senna tão confiante que o brasileiro
acredita que poderá repetir o feito do companheiro de equipe em breve.
“Acho que minha hora vai chegar. Levei tempo para aprender. É
emocionante estar com esta equipe”, vibrou o piloto, que logo deixou a
euforia de lado para voltar a colocar os pés no chão. “Primeiro vamos a
Mônaco, ao treino de quinta-feira, esperar e ver”, acrescentou.
Senna foi personagem da polêmica do GP
da Espanha. Na 12ª volta da corrida em Barcelona, o piloto da Williams
foi acertado por Michael Schumacher no fim da reta dos boxes do
circuito catalão. Ambos abandonaram a corrida, mas o heptacampeão
criticou Senna e o chamou de “idiota”. No entanto, a direção de prova
considerou a manobra do veterano da Mercedes irregular e o puniu com a
perda de cinco posições no grid em Monte Carlo – que terá Nigel Mansell, 20 anos depois do duelo com Ayrton, como comissário.
Bruno, mais uma vez, explicou as
circunstâncias que resultaram no acidente e se defendeu das críticas do
alemão. “Ele estava com pneus mais novos, em ritmo mais rápido e tinha
de me ultrapassar de qualquer jeito, mas ele provavelmente calculou mal
meu ponto de frenagem. Eu o deixei com espaço suficiente na esquerda e
na direita para fazer a manobra se assim quisesse, mas ele freou muito
além e me acertou.”
Tranquilo,
Senna não se intimida com o discurso áspero do heptacampeão. “Não ligo
para o que ele me chamou. Não faz qualquer diferença para mim. Esta é a
opinião dele. Tenho certeza que muitos pilotos têm opiniões muito
contundentes sobre os outros quando eles se envolvem em um incidente,
mas não fiquei muito preocupado com isso”, concluiu o brasileiro, 13º
colocado no Mundial de Pilotos, com 14 pontos.
Fonte: Grande Prêmio
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