quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Senna elogia, vê F-E “muito mais acessível ao público” que F1 e afirma: “É o futuro do automobilismo”

Bruno Senna gosta da F-E. Não apenas por guiar na categoria desde o começo, mas porque sabe o que ela pode significar em termos de importância ambiental e automobilística. Agora, os elogios são também para a ligação com o público


Pilotos com passagens pela F1, assim como atores de uma série de TV famosa, estão condenados a responder para sempre pelo que fizeram no passado. Não é diferente com Bruno Senna, que andou na F1 entre 2010 e 2012. Após a demonstração dos carros da F-E e das motos da M3 da Mahindra no Circuito Internacional de Buddh, na manhã desta quinta-feira (11), Senna falou sobre mais algumas diferenças do Mundial para a F-E e não se fez de rogado em falar do futuro.
 
A primeira afirmação que fez aos jornalistas quando perguntado o que é a F-E foi categórica. "O futuro do automobilismo é a F-E. É muito mais acessível ao público".
 
Bruno avaliou com calma a falta de sons que fazem os carros da F-E e como isso afeta o piloto enquanto guia. Até admitiu sentir falta de motores antigos da F1, mas ressaltou o quanto dá para ser feito sem que o som entre no caminho.

"Guiar carros silenciosos é uma experiência diferente. Eu gosto bastante, dá para tirar tanta informação sem o barulho do motor. Num circuito de rua, você pode aprender muito sobre o carro com as ruas apertadas e tudo o que está acontecendo. Mas alguns carros realment têm um som fantástico, como os V10 da F1 - disso eu sinto falta", explicou.
 
Na sequência, Senna ainda explicou que a falta de oportunidades de fazer outras coisas da carreira enquanto se é está sem chances de vencer por lá é algo que pesa na decisão de deixar a F1.
 
"A F1 é fantástica, mas te limita. Não dava para fazer muita coisa fora ela. Primeiro, porque você está tão focado na F1; depois, porque os times geralmente não te permitem a ir a outro lugar. Ainda que Nico Hülkenberg tenha feito no ano passado, normalmente não é possível. Depois da F1, corri de protótipos, corri na Austrália, então foi uma oportunidade fantástica", seguiu. 
 
"Agora, por sorte, posso combinar a F-E e o endurance. A F-E é muito como a F1, já que você tem seu próprio carro e pode força-lo ao limite. Aprender a guiar com pneus e motores diferentes tornam tudo interessante", avaliou.
 
Mas sem sons, mais lentos e sem toda a grife que 66 anos deram - justamente - à F1, então a F-E deve ser bem menos interessante, certo? Errado.
 
"A principal diferença é que estamos indo à pista pelas pessoas, não ao contrário - como é na F1. Além disso, com os carros elétricos há uma perspectiva diferente já que você está promovendo uma vida melhor com sustentabilidade e energias limpas. Por todo o mundo, governos recebem incentivos. Corremos em Londres onde provas de rua não eram feitas há muitos anos e agora estamos pensando na Suíça", encerrou. 


Fonte: Grande Prêmio

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