segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Senna aprova desempenho em Spa, diz que arriscou na tática e vê furo no pneu como “último prego no caixão”


Em temporada tão equilibrada como a F1 em 2012, uma simples mudança na estratégia ou no rendimento dos pneus pode determinar vencedores e vencidos. Foi o que aconteceu com Bruno Senna no GP da Bélgica, disputado no último domingo (2), em Spa-Francorchamps. O brasileiro correu praticamente toda a prova na zona de pontuação, mas perdeu rendimento no fim da corrida. Um fator foi decisivo: com a tática de uma parada, adotada pela Williams, que colocou pneus duros no carro 19 para o stint final, Bruno não conseguiu manter um bom ritmo e foi batido por Jean-Éric Vergne e Daniel Ricciardo, da Toro Rosso, e por Paul di Resta, da Force India.
Triste pelo resultado na corrida, Senna ficou satisfeito com sua jornada em Spa-Francorchamps enquanto contou com um carro competitivo nas mãos. Quanto à estratégia, o brasileiro preferiu não polemizar e disse que a tática já fora utilizada em outras corridas com êxito.

“Acho que fui bem, tanto me defendendo quanto atacando e fazendo ultrapassagens”, aprovou Bruno. “Adotamos uma estratégia mais arriscada, decidida pela manhã. Na China deu certo, aqui não funcionou da maneira imaginada. No início, até deu a impressão que seria possível, mas antes mesmo do problema no pneu, o rendimento não era o mesmo com os pneus duros”, disse o brasileiro.

Em sua avaliação, Bruno entende que a quilometragem quase nula no segundo treino de sexta-feira atrapalhou sua melhor avaliação sobre o rendimento dos pneus e qual a melhor tática a adotar na corrida do último domingo. “Talvez a sexta-feira sem treinos, por causa da chuva, tenha feito falta em termos de maior experiência.”
Senna comentou também o momento em que passou na La Source, logo após a largada, no momento mais tenso do GP da Bélgica, quando Romain Grosjean provocou um acidente que tirou da prova Sergio Pérez, Fernando Alonso e Lewis Hamilton. Bruno tirou proveito da situação e conseguiu ficar à frente de pilotos competitivos, como Sebastian Vettel, Mark Webber e Felipe Massa.

“Larguei bem, fui por fora e freei mais tarde quando percebi que os carros à minha frente tiraram o pé por causa da batida. A pista deu uma clareada e consegui passar as duas Red Bull e a Ferrari do Massa”, lembrou o piloto da Williams.

Bruno, que chegou a andar em quarto lugar durante a primeira janela para troca de pneus em Spa, fez seu pit-stop na volta 17, mas pouco depois voltou à zona de pontuação, chegando a correr em oitavo lugar entre as voltas 30 e 38. Mas foi ultrapassado por Vergne e Ricciardo, caindo para décimo. Na sua luta para poder salvar pelo menos um ponto, Senna travou duelo com Paul di Resta. E após um toque, em decorrência do confronto, as chances de somar pontos caíram por terra.

“Foi o último prego no nosso caixão. Quando passei o Paul di Resta, houve um choque, mas a perda de pressão não foi imediata. Então, não dá para dizer que foi o toque que provocou o problema”, encerrou Senna, 16º colocado no Mundial de Pilotos com 24 pontos, cinco a menos em relação a seu companheiro de equipe, Pastor Maldonado, que teve mais uma atuação polêmica na F1 no último fim de semana e prolongou para sete seu jejum de pontos, desde a vitória em Barcelona.

Fonte: Grande Prêmio

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O desempenho do Bruno foi muito bom, o que não foi bom, foi a tática da Williams...
Bjinhos,
Ana

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