Em
temporada tão equilibrada como a F1 em 2012, uma simples mudança na estratégia
ou no rendimento dos pneus pode determinar vencedores e vencidos. Foi o que
aconteceu com Bruno Senna no GP da Bélgica, disputado no último domingo (2), em
Spa-Francorchamps. O brasileiro correu praticamente toda a prova na zona de
pontuação, mas perdeu rendimento no fim da corrida. Um fator foi decisivo: com
a tática de uma parada, adotada pela Williams, que colocou pneus duros no carro
19 para o stint final, Bruno não conseguiu manter um bom ritmo e foi batido por
Jean-Éric Vergne e Daniel Ricciardo, da Toro Rosso, e por Paul di Resta, da
Force India.
Triste
pelo resultado na corrida, Senna ficou satisfeito com sua jornada em
Spa-Francorchamps enquanto contou com um carro competitivo nas mãos. Quanto à
estratégia, o brasileiro preferiu não polemizar e disse que a tática já fora
utilizada em outras corridas com êxito.
“Acho que fui bem, tanto me
defendendo quanto atacando e fazendo ultrapassagens”, aprovou Bruno. “Adotamos
uma estratégia mais arriscada, decidida pela manhã. Na China deu certo, aqui
não funcionou da maneira imaginada. No início, até deu a impressão que seria
possível, mas antes mesmo do problema no pneu, o rendimento não era o mesmo com
os pneus duros”, disse o brasileiro.
Em sua avaliação, Bruno
entende que a quilometragem quase nula no segundo treino de sexta-feira
atrapalhou sua melhor avaliação sobre o rendimento dos pneus e qual a melhor
tática a adotar na corrida do último domingo. “Talvez a sexta-feira sem
treinos, por causa da chuva, tenha feito falta em termos de maior experiência.”
Senna comentou também o
momento em que passou na La Source, logo após a largada, no momento mais tenso
do GP da Bélgica, quando Romain Grosjean provocou um acidente que tirou da
prova Sergio Pérez, Fernando Alonso e Lewis Hamilton. Bruno tirou proveito da
situação e conseguiu ficar à frente de pilotos competitivos, como Sebastian
Vettel, Mark Webber e Felipe Massa.
“Larguei
bem, fui por fora e freei mais tarde quando percebi que os carros à minha
frente tiraram o pé por causa da batida. A pista deu uma clareada e consegui
passar as duas Red Bull e a Ferrari do Massa”, lembrou o piloto da Williams.
Bruno, que chegou a andar em
quarto lugar durante a primeira janela para troca de pneus em Spa, fez seu
pit-stop na volta 17, mas pouco depois voltou à zona de pontuação, chegando a
correr em oitavo lugar entre as voltas 30 e 38. Mas foi ultrapassado por Vergne
e Ricciardo, caindo para décimo. Na sua luta para poder salvar pelo menos um
ponto, Senna travou duelo com Paul di Resta. E após um toque, em decorrência do
confronto, as chances de somar pontos caíram por terra.
“Foi o último prego no nosso
caixão. Quando passei o Paul di Resta, houve um choque, mas a perda de pressão
não foi imediata. Então, não dá para dizer que foi o toque que provocou o
problema”, encerrou Senna, 16º colocado no Mundial de Pilotos com 24 pontos,
cinco a menos em relação a seu companheiro de equipe, Pastor Maldonado, que
teve mais uma atuação polêmica na F1 no último fim de semana e prolongou para
sete seu jejum de pontos, desde a vitória em Barcelona.
Fonte: Grande Prêmio
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O desempenho do Bruno foi muito bom, o que não foi bom, foi a tática da Williams...
Bjinhos,
Ana
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