sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A um mês de estreia na Aston Martin, Senna não descarta retorno à F1

“Você não pode dizer ‘nunca’ à F1, você nunca pode fechar a porta”, afirmou brasileiro, que disputará neste ano Mundial de Endurance por montadora inglesa

Bruno Senna: de malas prontas para o Mundial de Endurance (Foto: Glenn Dunbar/LAT)
Na semana passada, Bruno Senna desistiu de lutar por uma vaga na atual temporada da F1 e fechou acordo para disputar o Mundial de Endurance pela Aston Martin na classe GTE. Sentindo falta de lutar por vitórias, o brasileiro vai estrear pela equipe inglesa nas 12 Horas de Sebring, no próximo dia 16 de março, em etapa válida pela American Le Mans Series (ALMS).
Apesar disso, a transferência para o recém-criado campeonato não significa um adeus definitivo à categoria de monopostos. Em entrevista à publicação “Autosport”, Senna não descartou uma tentativa de retornar à F1 no futuro.
“Você nunca pode dizer ‘nunca’ à F1. Você nunca fecha a porta, mas agora era o momento certo de procurar outro lugar”, disse o brasileiro de 29 anos, que pretende agora expandir suas atividades em outras categorias no automobilismo, em especial nos Estados Unidos.

“Quero ampliar meus horizontes para diversificar minhas atividades. Correr só uma vez por mês é meio preguiçoso, por isso estou procurando outras oportunidades. Estamos procurando algumas coisas nos EUA, gostaria de disputar algumas corridas por lá”, acrescentou.
Sobre sua passagem pela Williams, no ano passado, Senna ainda manifesta um sentimento de insatisfação. O brasileiro menciona, por exemplo, o fato de ter perdido a maioria dos primeiros treinos livres no calendário, o que teria dificultado seu trabalho na equipe de Grove. Não por coincidência, Valtteri Bottas, atual titular da Williams, assumia seu lugar no cockpit nestas sessões preliminares.
“Quando a diferença entre o décimo e o 15º colocado é de 0s5 ou 1s0, você percebe como perder tempo de pista te coloca um pé atrás. Eu sempre estava um passo atrás, ou melhor, uma sessão atrás nas classificações”, declarou Senna, sobre suas mazelas nos treinos.

“Ao perder as manhãs de sexta-feira, eu não tinha nenhuma referência de como a pista mudaria para a tarde do sábado. Às vezes, eu exagerava, e outras vezes, não tinha o acerto adequado. Foi muito frustrante, pois me classifiquei muito bem no passado. Sempre me mostrei bem nas corridas, então é claro para mim que, no segundo ano, seria muito melhor. Mas é a vida”, lamentou o brasileiro.
Em relação ao futuro após a temporada no Mundial de Endurance, Senna adotou um discurso lacônico. Disse que todas suas decisões dependerão das conquistas obtidas na classe GTE e do quanto ele se divertiu.
“Seria fantástico ser campeão, algo que nunca alcancei. Esse é o meu objetivo: vencer corridas e campeonatos e ter uma carreira longa e agradável. Não permaneço numa mesma equipe por duas temporadas desde a F3 Inglesa, então estou interessado em sentir isso novamente”, concluiu.

Fonte: Tazio

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