sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Senna admite contato com Foyt na Indy para 2014 e vê chance de correr em ovais “menor que 1%”

Em entrevista ao GRANDE PRÊMIO, Bruno Senna revelou que ainda está estudando as possibilidades para 2014, que incluem continuar no WEC e disputar as corridas em circuitos de rua e mistos na Indy. A equipe Foyt é a mais cotada no caso da categoria norte-americana

Bruno Senna ainda não sabe em que categoria(s) vai correr em 2014. A Aston Martin aparece como "uma das primeiras opções" para a permanência no Mundial de Endurance, mas o brasileiro de 30 anos também não faz segredo de que a Indy é parte dos seus planos – ao menos, as corridas em circuitos de rua e mistos; ovais são outros quinhentos, ou menos de 1%.

Propostas do Japão e do Brasil também estão na mesa do sobrinho de Ayrton Senna para o próximo ano. "Continuar na Aston Martin é uma das primeiras opções, e temos negociações com a Indy e com outras categorias de endurance também nos EUA, com a United SportsCar”, afirmou o piloto entrevista exclusiva ao
GRANDE PRÊMIO durante o pré-lançamento do game Gran Turismo 6 para o PlayStation4 no autódromo Velo Città.

“Também tem outras equipes que estão me oferecendo coisas na Europa, para correr de endurance, protótipos e GT, e tem até coisa no Japão aparecendo, além, obviamente, do Brasil, na Stock Car, que tem algumas oportunidades para o ano que vem", completou o piloto que vai disputar em 15 de dezembro a Corrida do Milhão da Stock. 

Ainda falando das possibilidades e do planejamento de 2013 feito junto a Aston Martin, Bruno se disse contente com o que viu e viveu. "Esse foi um ano experimental. Do jeito que a gente começou a temporada, não faríamos todas as corridas do campeonato, só algumas. Depois, eles gostaram da performance e assinaram comigo para o resto do ano, me deram suporte, porque até Le Mans, a gente estava na frente do outro carro. Lá, infelizmente, houve a batida e a gente acabou saindo da liderança do campeonato. Foi aí que começamos a apoiar o carro #97", explicou.

"No final das contas, estou contente e foi um ano muito bem-sucedido. As corridas que a gente terminou, chegamos sempre no pódio, mas infelizmente as que a gente não completou foram pesadas em termos de não fazer pontos, o que acabou atrapalhando um pouco as coisas", reconheceu Bruno.

Mesmo comprometido com as provas de longa duração, o brasileiro iniciou conversas com a Indy em 2013. A poderosa Ganassi esteve entre as primeiras equipes sondadas pelo piloto, mas um velho trauma impediu o avanço das negociações. "Eles queriam que eu fizesse os ovais e, infelizmente, não tenho essa opção na minha carta", admitiu.

"Teriam de ser só os mistos, porque minha família não tem nenhum desejo que eu vá correr de oval, e eu tenho que respeitar. Já foi difícil o suficiente começar a correr com o histórico que a gente tem na família", acrescentou.

O GRANDE PRÊMIO insistiu e questionou Bruno sobre a possibilidade de correr em oval. A resposta foi categórica. "Eu diria que a chance é menor do que 1%. Um dia você pega e faz uma corrida, mas, definitivamente, fazer um campeonato com ovais é uma chance que neste momento não existe. Estou negociando com a Indy para fazer apenas os circuitos de rua, que, no final das contas, hoje em dia, é o que tem mais, mas não é o campeonato inteiro, então prejudica um pouquinho.”

O piloto ainda confirmou que a Foyt, do veterano AJ, no momento é o caminho mais provável. "Eles têm uma estrutura boa, estão vendo direitinho se conseguem os fundos para fazer a temporada e tudo mais”, disse.

“Mas acho que, se a gente for fazer os circuitos de rua da Indy, seria combinado com outras coisas ao mesmo tempo", contou. E essas "outras coisas" devem fazê-lo permanecer no Mundial de Endurance. "Tem outra opção que é fora do WEC, mas também corridas de GT, que estão pelo mundo afora. Seria com um fabricante também. Mas eu tenho interesse em fazer WEC. É mais uma coisa de longo termo."

Senna procura estabilidade, portanto. Não deseja mais pensar ano a ano os rumos de sua carreira no esporte a motor. "Agora, a gente está conversando e vendo o que é e o que não é. Mas para mim, apesar de ter algumas oportunidades na mesa, o mais importante é entender, a longo prazo, o que vai ser melhor para ter vários anos, não só um ano e ter de pensar um ano após o outro", encerrou.

Sobre a chance menor de 1% de correr em ovais, entende-se que, ainda mínima, represente uma tentativa de correr as 500 Milhas de Indianápolis. 

Fonte: Grande Prêmio

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