Todo recomeço é difícil. É verdade que Bruno Senna já tinha passado
por uma experiência pela Le Mans Series, com um protótipo, em 2009, mas
desta vez, essa sua nova aventura pelo endurance é diferente, pois se
trata de uma mudança de rumo em sua carreira. Ficou para trás a F1 e
abriu-se um novo leque de opções de categorias e corridas.
Como já disse ao Tazio,
ele ainda estuda suas alternativas enquanto trabalha no Mundial de
Endurance, com um interessante contrato com a equipe oficial da Aston
Martin. E esta sua adaptação aos carros de GT vem sendo muito boa.
Foram três provas até o momento: as 12 Horas de Sebring, da ALMS, e
as duas etapas do WEC, em Silverstone e Spa. Na primeira, o time teve
diversos problemas, mas a participação foi importante para o brasileiro
sentir o estilo de corrida, em que ele é constantemente retardatário
para os protótipos e vive uma briga muito acirrada com outros carros de
sua classe. Depois, vieram a vitória na Inglaterra e o ótimo segundo
lugar na Bélgica.
Esses dois resultados foram importantes para a Aston, mas também
particularmente para Bruno, pela troca de carros e companheiros. Em
Silverstone, ele competiu no Vantage #97 ao lado de Darren Turner e
Stefan Mucke. Depois, em Spa, ele foi para o #98, com Frédéric
Makowiecki e Rob Bell.
Na segunda prova, a marca inglesa não mostrou a mesma superioridade
que teve na primeira, e Senna teve um ótimo desempenho na classificação
(a primeira que participou) e o conjunto foi muito bem na corrida, se
colocando entre as duas Ferraris, que estavam melhor.
O piloto explicou a esta coluna que a troca na verdade já estava
planejada. A ideia já era que ele corresse desde o começo com
Makowiecki, mas o carro #98 não ficou pronto a tempo da estreia em
Silverstone. Com isso tudo, como teve dois bons com companheiros
diferentes, ele é líder isolado no campeonato de pilotos da GT, e vai
brigar pelo título assim até o final agora.
Le Mans
Agora, começa a preparação para o momento mais importante da
temporada do endurance, as 24 Horas de Le Mans, e o bom momento ajuda
Senna. A Aston Martin realizou na última semana no circuito inglês de
Snetterton alguns testes privados com um pacote aerodinâmico de baixa
pressão aerodinâmica, desenvolvido para a psita de Sarthe. Os primeiros
testes em Le Mans acontecem no final de semana de 8 e 9 de junho.
Além disso, o Vantage vai receber algumas atualizações importantes
para tentar combater a evolução da Ferrari, especialmente na questão de
consumo de combustível, que mandou na estratégia em Spa.
“O carro vai ter algumas evoluções de software, gerenciamento de
combustível e controles de tração. Também temos que fazer um banco novo
pro carro que eu, o Fred e o Rob vamos usar, porque usamos um banco
genérico pra corrida de Spa e o Rob sofreu um pouco”, explicou Senna à
coluna MIL MILHAS.
Isso tudo vai ser importante para a Aston Martin, já que Le Mans é
uma história diferente do que vimos nas duas primeiras etapas. Todas as
equipes levam novidades, as marcas envolvidas na competição têm mais
interesse no resultado e investem mais em seus carros, e times que
normalmente não competem no Mundial, entram com força, como é o caso dos
Corvettes oficiais da Chevrolet.
“Pelo que parece, a competição vai estar muito forte em Le Mans. A
corrida em Spa ficou realmente muito acirrada da metade pra frente. Acho
que todo mundo começou a mostrar mesmo do que e capaz e deu pra ver as
Ferraris com forte performance lá. Além da Ferrari e Porsche, também vem
a Corvette Pro que competiu com a gente em Sebring. Eles estavam muito
rápidos lá. Vai ser interessante ver como as coisas saem em Le Mans. Mas
acho que temos boas chances de pódio e vitória se não tivermos
incidentes na corrida”, disse Bruno.
A briga com certeza vai ser dura, como normalmente é na GT. É
realmente difícil apontar hoje apenas dois ou três carros favoritos. Por
isso, devemos ter uma luta bastante intensa nesta edição de Le Mans
nesta classe.
Agora, antes de focar totalmente na prova, Senna parte para algumas
atividades de marketing e estará na semana que vem em Mônaco, nos
eventos do GP de F1, e depois passa por Espanha e Brasil.
Fonte:Tazio
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