segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Bruno é personagem de reportagem nos EUA

Brad Spurgeon é um dos jornalistas que cobrem a temporada toda de F1. Ficou famoso na sala de imprensa por suas impressionantes performances de “voz e violão”, mas sua ocupação principal é escrever as reportagens de F1 para os tradicionais jornais The NY Times  e The International Herald Tribune. Na semana do GP da Hungria, Spurgeon escreveu para o Herald Tribune sobre os treinos pelos quais os pilotos passam para melhorar suas habilidades ao volante dos monopostos mais velozes do mundo. A reportagem original em inglês pode ser acessada aqui.

Entitulada “Agora, pilotos de F1 passam por ajuste fino, também”, a reportagem tem Bruno Senna com um dos personagens e começa citando o fato de que, diferentemente de outros esportes, a F1 nunca teve um “sistema de treinamento” no sentido de um piloto ter seu próprio treinador com ele na pista. O fato havia sido ressaltado por sir Jackie Stewart em entrevista à revista Autosport: “É ridículo que na F1 não tenhamos técnicos”, foi o que disse o tricampeão da categoria.

A Williams é citada como o principal exemplo de como o sistema vem, sim, de alguma forma, sendo adotado. O Acelerando já havia falado sobre as práticas de Bruno em linha reta com o ex-piloto Rob Wilson, algo que Pastor Maldonado, companheiro de Bruno na Williams, também vem fazendo.

Spurgeon conta que o sistema foi desenvolvido por Rob Wilson ao lado de Peter Windsor, ex-dirigente da Williams, jornalista e diretor de equipe.

“Gira tudo em torno de administrar o peso dinâmico”, explicou Windsor ao jornalista do NY Times. “Todos os pesos dinâmicos estão se movendo o tempo todo enquanto você está dirigindo um carro. Não tem a ver com a linha da corrida, tem a ver com sentir o momento perfeito de fazer a rotação do carro, que é diferente em cada curva de cada volta porque as variáveis estão sempre mudando”, completa Windsor na entrevista.

Os esforços para fazer com que os pilotos entendam melhor algo sobre o qual eles já têm domínio mostra o quanto guiar um F1 é complicado. A reportagem cita ainda a presença de Alexander Wurz na Williams, que tem atuado como um mentor de Bruno Senna e Pastor Maldonado. Sua função é ajudar os pilotos a tirar o máximo do final de semana de corrida, seja na pista ou na comunicação com engenheiros, estratégia ou escolha de pneus.

Falando a Spurgeon, Bruno disse considerar os dois trabalhos, com Rob Wilson e com Alexander Wurz, úteis: “Com Rob Wilson, estamos aprendendo como manipular o carro e ele tem muita experiência, então ele pode nos ajudar muito na transferência de peso e, basicamente, em como guiar o carro de uma maneira mais econômica. E Alex também tem muita experiência, ele está aqui na pista conosco, então pode nos ajudar a analisar a situação e tirar conclusões melhores”, finalizou o brasileiro.

Fonte: Acelerando com o Bruno Senna

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