Após mais um dia problemático a bordo do carro da Hispania, Bruno Senna mostrou-se desapontado com as adversidades enfrentadas por sua equipe durante o treino classificatório para o GP da Austrália.
O brasileiro revelou que um furo em uma mangueira hidráulica causou seu abandono durante o terceiro treino livre, e que em sua breve participação na classificação, o assoalho de seu carro soltou-se, o que prejudicou seu desempenho ao longo da sessão.
Problemas básicos da Hispania
"O sábado começou um pouco difícil para a gente. Tivemos um problema muito besta, de novo, uma linha hidráulica que teve um furo, acabou vazando óleo, perdemos pressão hidráulica e o carro parou na pista. Essas coisas são tristes, deveríamos ter passado isso em um período de testes, mas está acontecendo isso em um fim de semana de corrida. Infelizmente, isso diminui as milhas que a gente tem para aprender sobre o carro e focar em performance, mas no final das contas, estamos progredindo e isso é positivo."
Dificuldades no acerto do carro
"Na classificação, fomos novamente um pouco 'às cegas', pois não tínhamos testado o carro nem com pouco combustível e nem com pneus mais macios. O balanço do carro, mais uma vez, mudou bastante de uma sessão para a outra. No terceiro treino [livre], eu estava com 120kg de combustível no carro e pneus duros; no qualifying, fui com 15kg de combustível e pneus macios. O carro estava muito diferente. Tirei o máximo que deu para tirar do carro. Tive um problema no assoalho, que soltou e começou a bater no chão, mas deu para fazer uma volta meio 'kamikaze' e tirar um tempo razoável. Poderia ser melhor sem os problemas, mas estamos aprendendo, ainda."
A polêmica dos retardatários
"As equipes novas estão fazendo o máximo que é possível para sair da frente dos carros, a gente reconhece que a gente é mais lento e presta atenção no espelho. [...] Acontece uma vez ou outra de você atrapalhar a volta de alguém no treino [livre], mas não é o fim do mundo. O cara não vai perder posição. Na classificação é mais complicado, porque na minha volta rápida, não vou deixar alguém passar e perder a volta. É claro que, em um mundo ideal, você não teria que deixar a outra pessoa passar, mas acontece. O Pedro de la Rosa me ultrapassou em uma das minhas voltas rápidas e acabou me atrapalhando, mas, enfim, ele estava tão mais rápido que poderia achar que eu estava deixando ele passar. [...] Acredito que, conforme o ano for progredindo, vai diminuir a diferença das equipes novas para as equipes grandes, [...] mas Mônaco, provavelmente, será um inferno, com 24 carros na pista. Na GP2, tínhamos 26 carros no grid e era impossível fazer uma volta [limpa]; acredito que na F-1, com 24 carros, não será muito diferente."
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