Foi-se o tempo em que o domingo de manhã era um momento
de alegria certa para os brasileiros. Em uma época dominada por pilotos
alemães, atualmente os fãs de automobilismo desconfiam de qualquer
atleta do País que comece a correr na Fórmula 1. Até mesmo Bruno Senna,
sobrinho de Ayrton e que atualmente corre no Mundial de Endurance,
sofreu com isso.
"O fã brasileiro é exigente, sempre exige que o atleta
vença. Se você não está vencendo, então você não é bom suficiente para
receber torcida", afirmou ele, aceitando que isso já faz parte da
cultura brasileiro no esporte em geral, não apenas no automobilismo.
Bruno tenta ser otimista com o futuro do Brasil na
Fórmula 1, mas sabe que não tem sido fácil para ninguém: "para mim e
para outros atletas sempre foi difícil isso, a gente sofreu. Mas assim
que tiver alguém vencendo, vai ser bem recebido, e a popularidade do
esporte vai aumentar, como aconteceu com tênis, vôlei e outros",
completou.
Tanta desconfiança dos torcedores brasileiros com seus
compatriotas atrapalham até nos negócios e investimentos na Fórmula 1.
Afinal, não vale a pena para qualquer empresa associar sua marca a um
piloto que é mal visto pela torcida e ainda acumula resultados apenas
razoáveis. "Realmente o custo-benefício é complicado para os
patrocinadores brasileiros", analisou Bruno.
Ayrton Senna
As manhãs de domingo começaram a ficar mais tristes há
quase duas décadas. Em maio de 2014, acontecerá o 20º aniversário de
morte de Ayrton Senna, que será bastante homenageado, de acordo com seu
sobrinho.
"Teremos várias celebrações, inclusive no Carnaval,
porque uma escola de samba no Rio de Janeiro já vai fazer desfile com
tema sobre o Ayrton. Estamos super animados para isso. Vai ter
comemorações, eventos, então tem muita coisa planejada, e a gente vai
poder fazer jus ao Ayrton", prometeu Bruno.
Fonte: Terra
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