quinta-feira, 29 de agosto de 2013

F-1 tem algumas coisas a aprender com Le Mans

Ex-Fórmula 1, piloto curte clima 'mais relaxado' no Mundial de Endurance. Fittipaldi garante atrações para toda a família em Interlagos nas 6h de SP

Entretenimento para toda a família: a definição de Emerson Fittipaldi para a etapa brasileira do Mundial de Endurance não é força de expressão. Promotor das 6 Horas de São Paulo, prova que será disputada neste domingo em Interlagos, o bicampeão mundial de Fórmula 1 investiu em um grande leque de atrações para atrair não apenas os apaixonados por velocidade ao autódromo neste fim de semana. Paralelamente aos treinos e à corrida, shows musicais, atividades para a criançada e muita diversão relacionada ao mundo da velocidade vão ajudar a trazer o “espírito de Le Mans” para o Brasil.

Um ambiente que contagia até quem está ali para correr. Caso de Bruno Senna, que deixou a Fórmula 1 no fim do ano passado após não renovar com a Williams. Neste ano, ele se juntou à equipe britânica Aston Martin, com a qual disputará a prova na classe GTE Pro. Participando do "Linha de Chegada" ao lado de Emerson Fittipaldi e do compatriota Fernando Rees, que também está inscrito na corrida brasileira (GTE Am), ele deixou bem claras as diferenças entre os dois campeonatos, tecendo elogios ao torneio derivado das lendárias 24 Horas de Le Mans.

- Tem muito mais piloto, muito mais gente, então é um ambiente mais aberto para o público, muito mais social. Na Fórmula 1, todos meio que querem “se matar”. Alguns se dão bem porque correram antes juntos, mas em Le Mans todo mundo sai, se diverte, é mais relaxado. Você consegue curtir muito mais a vida, a corrida, está sempre muito mais leve. A F-1 tem algumas coisas a aprender com Le Mans em relação a como as coisas poderiam ser para o público e no ambiente interno do paddock, mesmo – afirma Bruno, que disputou três temporadas na F-1.


O sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna compete de Aston Martin na classe GTE Pro, uma das quatro que correm juntas no Mundial de Endurance. As outras são P1 e P2, de protótipos, e a GTE Am, para carros esportivos de série como os da categoria de Bruno, mas onde um dos pilotos da dupla é amador. Da pista, o piloto fará parte da principal opção de entretenimento do fim de semana. Mas que está longe de ser a única atração, como explica Fittipaldi. Desde sexta-feira, haverá opções de sobra para todas as idades.

- Além da corrida de seis horas, vamos ter entretenimento para toda a família, um festival. Como uma escola de pilotagem para a garotada, com carro e motocicleta, e um parque de diversões. Enquanto a corrida estiver acontecendo, teremos o Le Mans Village, uma praça com restaurantes e lojas, para o público se divertir e fazer compras, tudo ligado ao automobilismo. Haverá shows de música sexta, sábado e domingo. Entre o S do Senna e a curva 2 haverá uma área para o pessoal acampar. Isso é uma novidade que o público do automobilismo não está acostumado a ver por aqui. Vai ser uma festa – frisa Emerson, animado.

Fittipaldi aproveita para lembrar outro grande diferencial do WEC (sigla em inglês para World Endurance Championship): antes de cada prova, todos os pilotos, astros do espetáculo, ficam à disposição do público para fotos e autógrafos, estreitando o contato entre fãs e ídolos.

- É o começo de uma coisa que pode ficar muito grande no Brasil. Quem for a Interlagos vai voltar muito satisfeito para casa. Os protótipos da P1 andam que nem um Fórmula 1, e os GTs também são muito sofisticados. Todo o público de Interlagos vai poder ver esses carros maravilhosos de perto, e os pilotos vão estar ali para dar muitos autógrafos. Preparem as mãos! – alerta Emerson, dirigindo-se aos dois pilotos brasileiros que disputarão a prova.


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