sábado, 12 de janeiro de 2013

Sobre perda dos treinos livres, Senna admite: “Quando assinei o contrato, não achei que faria tanta diferença”


Foram 31 pontos e o 16° posto da tabela de classificação geral do Mundial deste ano. Ainda assim, Bruno Senna, cujo melhor resultado no campeonato passado foi o sexto posto no GP da Malásia, considerou a temporada como positiva, mas admitiu que a perda dos treinos livres ao longo do ano o prejudicou, especialmente com relação ao desempenho nas sessões classificatórias.
2012 foi o primeiro ano de fato do brasileiro na F1. Senna estreou em 2010 pela fraca HRT e não passou de um 23° e ainda teve de ceder seu lugar na etapa de Silverstone daquele ano para o japonês Sakon Yamamoto. No Mundial seguinte, Bruno, então reserva da Lotus, entrou no lugar de Nick Heidfeld nas oito corridas finais. O desempenho e um forte apoio financeiro o colocaram na Williams no ano passado.

Porém, o brasileiro teve de dar lugar ao reserva Valtteri Bottas no primeiro treino livre de sexta-feira em quase todas as etapas. Ao fim do ano, o jovem finlandês acabou ficando com a vaga de Senna e será o titular da equipe de Grove em 2013 o lado do venezuelano Pastor Maldonado.

“Achei que a temporada foi muito boa. Penso que fizemos corridas fortíssimas algumas vezes. Cometi alguns erros também, mas que era de se esperar, já que foi meu primeiro ano mesmo na F1”, afirmou o piloto ao Grande Prêmio, no kartódromo do Beto Carrero, onde disputa do Desafio das Estrelas, evento organizado por Felipe Massa.

Bruno voltou a falar que o grande problema esteve mesmo no treino que forma o grid. “Mas olhando tudo, a gente percebe que o maior déficit foi na classificação, e aí fica fácil de entender isso, considerando que estava perdendo 30% do tempo de treino. Mas quando você vê uma disputa tão próxima quanto foi no ano passado, em que um décimo representava a diferença de até dez posições, às vezes, não fica difícil de entender o que aconteceu?, completou.

Senna admitiu que o tempo de pista fez falta realmente e que, ao assinar o contrato com a Williams, não imaginou que a diferença seria tão grande. “Quando assinei o contrato, não achei que fosse fazer tanta diferença, mas fez. Hoje, adoraria fazer a mesma temporada, mas com todos os treinos”, explicou.

O sobrinho de Ayrton Senna ainda segue com o futuro incerto na F1. O piloto negocia o segundo cockpit da Caterham para 2013, mas não descarta outras opções, como o DTM.


Fonte: Grande Prêmio

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