"O mundo não vive uma situação muito boa economicamente, principalmente na Europa. E é de lá que vem a maioria dos patrocínios da F1", analisou Allam Khodair, atualmente na nona colocação da temporada da Stock Car (sem chances de título, mas classificado para a Corrida do Milhão, em Interlagos, no dia 9 de dezembro). "A Fórmula 1 é uma categoria cara e, por causa disso, muitas vezes grandes talentos são perdidos. Só que o Bruno é um bom piloto e acho que vai continuar no grid", acrescentou.
A Williams não manteve o sobrinho de Ayrton Senna, substituído pelo piloto de testes finlandês Valtteri Bottas. A equipe, porém, renovou com Pastor Maldonado: o venezuelano terminou na 15ª colocação do Mundial de Pilotos com 45 pontos, 16 a mais que Bruno Senna. O brasileiro, por outro lado, foi mais regular ao longo da temporada: pontuou em dez das 20 etapas, contra apenas cinco de Maldonado (que, por suia vez, conquistou a única vitória da equipe, em Barcelona).
"Esse é o jogo. O Bruno vem mostrando resultados muito bons, especialmente para quem começou a competir com 18 anos e que faz um treino livre a menos (por contrato, o brasileiro dava lugar a Bottas ema uma das práticas preparatórias para um GP)", destacou Ricardo Maurício, vice-líder da Stock Car. "Só que o jogo é assim. O pessoal vê muito a classificação final, mas é preciso analisar quem tem regularidade", acrescentou.
Quatro vezes campeão da Stock Car e líder da temporada 2012, Cacá Bueno foi menos crítico na opinião e mostrou conformismo quanto à atual situação do automobilismo mundial - especialmente em competições fórmula. "A grana é fundamental, não tem como não pensar em patrocínio no esporte. E o automobilismo é um esporte, não pode ser diferente. É normal depender de recursos, e por isso um piloto precisa ter todo um pacote fundamental hoje em dia: marketing, publicidade, retorno de mídia e resultados, claro. Mas, no caso do Bruno, ele deve ficar para 2013. Esperamos que isso aconteça".
Átila Abreu, empatado com Ricardo Maurício na segunda colocação da Stock, enveredou-se para o lado da política para lamentar a incerteza que ronda Bruno Senna na F1. "Nosso País precisa de mais leis de incentivos, e hoje em dia conseguir um patrocínio requer muita burocracia. Não vemos apenas o Bruno nessa situação, infelizmente é um problema que temos. E precisamos aprender a passar por isso, pois vem sendo cada vez mais comum", opinou.
Bruno Senna, respaldado pelo impactante sobrenome de Ayrton e por bons patrocínios, pode aproveitar alguma das vagas disponíveis em escuderias de médio porte: Lotus e Force India ainda não definiram os segundos pilotos para o ano que vem. Além disso, as nanicas Marussia, Caterham e HRT possuem um assento disponível cada.
Fonte:Terra
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