Brad Spurgeon é um dos jornalistas que cobrem a temporada toda de
F1. Ficou famoso na sala de imprensa por suas impressionantes
performances de “voz e violão”, mas sua ocupação principal é escrever
as reportagens de F1 para os tradicionais jornais The NY Times e The
International Herald Tribune. Na semana do GP da Hungria, Spurgeon
escreveu para o Herald Tribune sobre os treinos pelos quais os pilotos
passam para melhorar suas habilidades ao volante dos monopostos mais
velozes do mundo. A reportagem original em inglês pode ser acessada aqui.
Entitulada “Agora, pilotos de F1 passam por ajuste fino, também”, a
reportagem tem Bruno Senna com um dos personagens e começa citando o
fato de que, diferentemente de outros esportes, a F1 nunca teve um
“sistema de treinamento” no sentido de um piloto ter seu próprio
treinador com ele na pista. O fato havia sido ressaltado por sir Jackie
Stewart em entrevista à revista Autosport: “É ridículo que na F1 não
tenhamos técnicos”, foi o que disse o tricampeão da categoria.
A Williams é citada como o principal exemplo de como o sistema vem, sim, de alguma forma, sendo adotado. O Acelerando já havia falado sobre as práticas de Bruno em linha reta com o ex-piloto Rob Wilson, algo que Pastor Maldonado, companheiro de Bruno na Williams, também vem fazendo.
Spurgeon conta que o sistema foi desenvolvido por Rob Wilson ao lado
de Peter Windsor, ex-dirigente da Williams, jornalista e diretor de
equipe.
“Gira tudo em torno de administrar o peso dinâmico”, explicou
Windsor ao jornalista do NY Times. “Todos os pesos dinâmicos estão se
movendo o tempo todo enquanto você está dirigindo um carro. Não tem a
ver com a linha da corrida, tem a ver com sentir o momento perfeito de
fazer a rotação do carro, que é diferente em cada curva de cada volta
porque as variáveis estão sempre mudando”, completa Windsor na
entrevista.
Os esforços para fazer com que os pilotos entendam melhor algo sobre
o qual eles já têm domínio mostra o quanto guiar um F1 é complicado. A
reportagem cita ainda a presença de Alexander Wurz na Williams, que tem
atuado como um mentor de Bruno Senna e Pastor Maldonado. Sua função é
ajudar os pilotos a tirar o máximo do final de semana de corrida, seja
na pista ou na comunicação com engenheiros, estratégia ou escolha de
pneus.
Falando a Spurgeon, Bruno disse considerar os dois trabalhos, com
Rob Wilson e com Alexander Wurz, úteis: “Com Rob Wilson, estamos
aprendendo como manipular o carro e ele tem muita experiência, então
ele pode nos ajudar muito na transferência de peso e, basicamente, em
como guiar o carro de uma maneira mais econômica. E Alex também tem
muita experiência, ele está aqui na pista conosco, então pode nos
ajudar a analisar a situação e tirar conclusões melhores”, finalizou o
brasileiro.
Fonte: Acelerando com o Bruno Senna
Nenhum comentário:
Postar um comentário