A F-1 voltou ao "normal" na etapa de abertura do Mundial de 2010. Fernando Alonso ficou com a vitória no circuito de Sakhir e liderou a dobradinha da Ferrari, com Felipe Massa na segunda posição.
Em sua estreia pela equipe italiana, o espanhol contou com competência e sorte para voltar a vencer na categoria após mais de um ano: Sebastian Vettel, que liderava a prova desde o início, perdeu rendimento em função de problemas mecânicos em sua Red Bull na metade final da corrida, e foi superado pelos carros vermelhos.
Voltas depois, foi a vez de Lewis Hamilton, da McLaren, superar o jovem alemão e assumir a terceira posição, completando um pódio formado pelas duas equipes mais tradicionais da categoria e dividido entre dois campeões mundiais e um vice-campeão. Um pódio à altura da força do atual grid da F-1.
Dupla da Mercedes e Alonso evoluem na largada
Na largada, Vettel manteve a primeira posição, seguido por Massa e Alonso. No entanto, na saída da primeira curva, o espanhol conseguiu emparelhar com o brasileiro e pulou para a segunda posição.
A dupla da Mercedes também evoluiu: Nico Rosberg superou Lewis Hamilton e assumiu o quarto lugar, enquanto Michael Schumacher ascendeu ao sexto posto.
Os dez primeiros colocados ao término da primeira volta traziam, além de Vettel, Alonso, Massa, Rosberg, Hamilton e Schumacher, Jenson Button, Mark Webber, Vitantonio Liuzzi e Rubens Barrichello.
Início morno no deserto
Os tempos de volta dos líderes da prova, no início, estavam na casa de 2min02. Uma diferença de cerca de 7s para o tempo da pole position _diferença razoável em função do tanque de combustível cheio em contraste com os tanques vazios utilizados no treino de classificação.
As primeiras voltas foram mornas, tendo como momento mais emocionante um duelo entre Heikki Kovalainen, da Lotus, e Nico Hulkenberg, da Williams, cuja estreia foi repleta de erros e com desempenho bastante apagado.
Pouco depois, Barrichello e Buemi também travaram boa disputa, em luta pela décima posição, com o brasileiro levando a melhor.
Vettel, Alonso e Massa: o trio de líderes
Vettel seguia na ponta com certa tranquilidade, sem abrir larga vantagem para a dupla da Ferrari mas, também, sem ser diretamente ameaçado.
A oscilação de desempenho e de performance entre os três primeiros colocados não permitia nenhuma definição antecipada a respeito da vitória, já que a cada giro eles trocavam voltas mais rápidas entre si.
Constantemente, Alonso encostava em Vettel e, voltas depois, perdia rendimento, ao mesmo tempo em que Massa encostava nos dois primeiros colocados.
Problema de Vettel define vitória
No entanto, a definição da prova veio através de Vettel: a Red Bull do alemão passou a enfrentar problemas mecânicos, o que fez com que o vice-campeão mundial de 2009 começasse a virar tempos muito altos.
Rapidamente, o espanhol da Ferrari se aproximou e precisou de apenas uma volta completa para escolher o melhor lugar para ultrapassar Vettel e assumir, definitivamente, a liderança. Massa também superou o jovem alemão logo em seguida.
A partir daí, a diferença nos tempos de volta entre a dupla da Ferrari, que oscilava na casa dos décimos de segundo e chegou a ser de apenas 0s003, subiu repentinamente para mais de 2s, com o brasileiro perdendo desempenho de forma flagrante.
Neste momento, a prova praticamente se definiu. A distância entre ambos, que chegou a ser de 1s1, subiu para mais de 9s. Alonso ficou com sua 22ª vitória na categoria e vibrou muito tanto ao cruzar a linha de chegada quanto no pódio, como um jovem piloto ao conquistar seu primeiro triunfo.
Massa, em seu retorno à categoria, ficou com um excelente 2º lugar e completou a dobradinha vermelha, com Hamilton, que também superou Vettel, fechando o pódio. O alemão da Red Bull ainda conseguiu resistir à pressão de Rosberg e assegurou, heroicamente, a quarta posição.
Brasileiros discretos
Entre os demais brasileiros, Lucas di Grassi completou apenas três voltas em sua estreia, abandonando em seguida por problemas no motor de sua Virgin.
Já Bruno Senna, da Hispania, teve melhor "sorte": apesar de ter largado dos boxes e permanecer firme na última posição, completou 17 voltas sem cometer erros, até deixar a prova, também com problemas de motor. As duas escuderias utilizam propulsores da Cosworth.
Rubens Barrichello, em atuação correta e sem erros, cruzou a linha de chegada em décimo e marcou um ponto.
Schumacher e a Lotus: destaques da prova
Em sua reestreia na F-1, Michael Schumacher chegou em sexto lugar, a apenas 0s4 de seu companheiro de equipe e à frente do apático Jenson Button, atual campeão do mundo, que ficou com a sétima posição.
A equipe Lotus, por sua vez, foi a única das estreantes a ter desempenho digno, comprovando a confiabilidade apresentada nos testes de Inverno e completando a prova com seus dois pilotos, Heikki Kovalainen e Jarno Trulli.
O finlandês ainda chegou à frente da Toro Rosso de Sébastien Buemi e a apenas uma volta do vencedor. Já o italiano foi o último colocado.
GP do Bahrein - Final:
1º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 49 voltas em 1h39min20s396
2º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 16s099
3º. Lewis Hamilton (ING/McLaren), a 23s182
4º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), a 38s713
5º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 40s263
6º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 44s180
7º. Jenson Button (ING/McLaren), a 45s260
8º. Mark Webber (AUS/Red Bull), a 46s308
9º. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India), a 53s089
10º. Rubens Barrichello (BRA/Williams), a 1min02s400
11º. Robert Kubica (POL/Renault), a 1min09s093
12º. Adrian Sutil (ALE/Force India), a 1min22s958
13º. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso), a 1min32s656
14º. Nico Hulkenberg (ALE/Williams), a 1 volta
15º. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus), a 1 volta
16º. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso), a 3 voltas
17º. Jarno Trulli (ITA/Lotus), a 3 voltas
Não completaram:
Pedro de la Rosa (ESP/Sauber), 30 voltas
Bruno Senna (BRA/Hispania), 18 voltas
Timo Glock (ALE/Virgin), 17 voltas
Vitaly Petrov (RUS/Renault), 14 voltas
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber), 12 voltas
Lucas di Grassi (BRA/Virgin), 3 voltas
Karun Chandhok (IND/Hispania), 2 voltas
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